Já conheci pessoas de diversas faces, países, classes sociais, raças, porém o ser humano definitivamente não é aquilo de pinta ser, pessoas com falas macias, aparência doce, que na verdade escondem desejos, vontades, e caráter extremamente duvidosos. Como saber quem são? Como saber onde estão? Jamais saberemos até ser vítimas dessas pessoas, jamais saberemos até sofrer de alguma forma maquiavélica.
Seres humanos se é que podemos chamá-los assim, capazes de formar suas vitórias sobre a dor, a angústia de outros. Capazes de atos desumanos, de colocar suas vítimas em situações de extrema dor e sofrimento. Não saberia jamais definir um perfil, pois, muitos estão em grandes escalões, muitos deles se escondem atrás de vidas normais, “pessoas de bem”, que não fariam mal ao próximo. Conheci sentimentos diversos, amor, ódio, saudades, a dor da perda de pessoas extremamente especiais e únicas, mas nada é igual a dor da traição. Dedicar-se á uma única pessoa por anos á fio, fazer dela um ser melhor, aprender com ela, mudar sua rotina pela mesma, dedicar extrema atenção, o carinho, os beijos, o amor na carne, definitivamente a perda de chão ao saber que tudo isso foi desfeito, trocado, tripudiado por apenas cinco minutos de outros carinhos, carinhos de outros, beijos de outros, abraços frios sem nenhum tipo de sentimento sincero a não ser a vaidade de possuir aquilo que há de mais lindo, o amor verdadeiro do próximo. Dói muito. Não há como definir o sentimento de vazio que se estabelece, a confiança no que foi dito, feito, tudo se perde, tudo se desfaz como areia que cai das mãos. Saber que você não foi suficiente para fazer do outro um ser mais feliz , mais completo assim como você estava, era, e foi dói.
Dizem que perdoar faz parte da vida, e que se perdoa quem amamos verdadeiramente, e muitas vezes quando estamos do outro lado, vendo na platéia a dor de outros que passam por uma traição no casamento nossa reação logo é dizer; “Eu não perdoaria”.
Mas quando o fato nos traz da platéia para o papel principal ai as coisas são diferentes. Passamos a pensar nesse sentimento que nunca saboreamos, poderíamos até acreditar que o conhecíamos, mas de fato só nos apresentamos pra ela quando somos um dos mais interessados.
Sendo assim evoluímos mesmo que na dor. No final vale a pena. De repente ao acordar pela manhã em um certo dia nos deparamos com uma imagem diferente no espelho. Mais forte, mais decidida. E decidimos viver. Essa de fato deve ser a nossa filosofia. VIVER.
Wellington Netto

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